quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Reabilitação pulmonar: mais qualidade de vida aos pacientes crônicos



Os benefícios são resultado da melhora de sintomas físicos e respiratórios


As doenças pulmonares crônicas, como Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), fibrose cística, asma ou bronquiestasia, entre outras, trazem uma série de limitações à vida dos pacientes, especialmente se diagnosticadas tardiamente, ou, principalmente, se o tratamento não é realizado adequadamente.

O ideal, portanto, é que todas estas doenças sejam diagnosticadas o quanto antes, e que recebam o acompanhamento médico. Ao paciente, cabe respeitar as orientações médicas e buscar substituir hábitos prejudiciais, como o tabagismo, por outros mais saudáveis, como a prática de atividade física.

Além do tratamento medicamentoso, geralmente necessário, há terapias complementares que agregam benefícios extras ao paciente. É o caso da reabilitação pulmonar (RP), que promove a melhora da função muscular, dos sintomas e aumenta a resistência física. A terapia é indicada, também, como suporte de recuperação para os que passaram por cirurgia redutora de volume pulmonar e ou transplante de pulmão.

Indicações e benefícios

A indicação da RP depende de alguns fatores, como a tolerância ao exercício, avaliação da falta de ar e também da estrutura músculo-esquelética. Também são avaliados o tratamento medicamentoso e se o paciente tabagista abandonou o fumo, dois fatores fundamentais para que a reabilitação seja bem sucedida.       

Segundo o dr. Oliver Nascimento, vice-presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia, os quadros de dispneia reduzem a capacidade física, seja pela própria limitação ou porque o paciente prefere evitar a falta de ar decorrente.

“O portador de problemas respiratórios tem a musculatura enfraquecida devido à inflamação nos pulmões, que expelem mediadores inflamatórios no sangue, gerando uma atrofia no músculo. Isso significa que não basta tratar a patologia, é preciso uma intervenção multidisciplinar”, explica.

Assim, são envolvidos na RP, além do médico pneumologista, também profissionais como o fisioterapeuta, educador físico, enfermeiro, nutricionista, psicólogo, terapeuta ocupacional e assistente social. A indicação dos profissionais e do tipo de RP são sempre adequados às necessidades de cada paciente.

“Pacientes que não necessitam de oxigenioterapia podem praticar caminhadas e levantamento de peso, de acordo com sua capacidade, seguindo orientação médica e mediante tratamento em centro especializado. O que vale salientar é que a reabilitação e o exercício devem ser rotineiros”, destaca o dr. Oliver.

Atividade física e qualidade de vida

A prática da atividade física pode ser diária ou em dias selecionados, conforme indicação da equipe multiprofissional, sempre com a supervisão de fisioterapeuta, e com reavaliações periódicas, conforme a resposta terapêutica.

“Com a prática contínua de RP, o paciente sofre com menos falta de ar e aumenta a disposição, tornando de mais ativo e apto para seguir com suas atividades normais”, completa o médico pneumologista.

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