Começou
neste mês e vai até o dia 30 de novembro, a segunda etapa da campanha de
vacinação contra a febre aftosa. A meta é imunizar 150 milhões de bovinos e
bubalinos de 21 estados e do Distrito Federal. Na região Sul, apenas o Paraná e
o Rio Grande do Sul vão vacinar os bois e os búfalos. No Sudeste e no
Centro-Oeste, todos os estados e o DF. No Norte do país, os criadores do Acre,
Amazonas, Pará e Tocantins têm que vacinar o rebanho e no Nordeste, apenas o
estado de Sergipe não faz parte da campanha neste mês. Na primeira etapa,
realizada no primeiro semestre, mais de 97 por cento do rebanho foi vacinado. O
criador de bovino mineiro, Sebastião Moura, de 60 anos não quer repetir o que
viu quando criança no rebanho do pai. O pecuarista já está com tudo pronto para
vacinar toda a cabeça de gado.
"Quando
eu era criança ainda, o que eu via na propriedade do meu pai era triste de ver.
Os animais ficavam realmente parados, tristes, começavam a baixar a cabeça,
começavam a babar. A fiscalização é severa e o animal tem que estar com todos
os atestados, atestando que foi vacinado. As condições sanitárias dos
animais."
A
febre aftosa é uma das mais contagiosas doenças que atingem os bovinos,
búfalos, ovinos, caprinos e suínos. Causada por vírus, o mal causa muita febre,
feridas na boca e nos cascos dos animais, dificultando a movimentação e
alimentação, o que leva a uma rápida perda de peso e queda na produção de
leite. Além dessas consequências, o coordenador de Febre Aftosa do Ministério
da Agricultura e Pecuária, Plínio Lopes, afirma que a falta de vacinação pode
levar o produtor a sofrer algumas penalidades.
"Ficar
suspensa a movimentação de animais, a emissão de guia de trânsito animal para a
movimentação desses animais até que ele regularize a sua situação. A outra
penalidade é que esse produtor pode sofrer multas, pode ser aplicado multas,
com valores que variam de cada estado que são, normalmente, aplicadas de acordo
com o número de cabeça de cada propriedade."
Após a vacinação dos animais, o criador deve apresentar a
relação dos vacinados e a nota fiscal da vacina nos escritórios do
serviço
veterinário oficial. Os serviços veterinários estaduais têm o prazo de 30 dias
para encaminhar ao Ministério da Agricultura o relatório das atividades da
campanha de vacinação contra a doença.
Reportagem,
Victor Maciel
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A partir de Hoje (07/01/2016) não mais sera possível postar comentários como anonimo.