quarta-feira, 5 de novembro de 2014

PECUÁRIA: Segunda etapa da campanha de vacinação contra febre aftosa começou neste dia 04/11/2014


Começou neste mês e vai até o dia 30 de novembro, a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa. A meta é imunizar 150 milhões de bovinos e bubalinos de 21 estados e do Distrito Federal. Na região Sul, apenas o Paraná e o Rio Grande do Sul vão vacinar os bois e os búfalos. No Sudeste e no Centro-Oeste, todos os estados e o DF. No Norte do país, os criadores do Acre, Amazonas, Pará e Tocantins têm que vacinar o rebanho e no Nordeste, apenas o estado de Sergipe não faz parte da campanha neste mês. Na primeira etapa, realizada no primeiro semestre, mais de 97 por cento do rebanho foi vacinado. O criador de bovino mineiro, Sebastião Moura, de 60 anos não quer repetir o que viu quando criança no rebanho do pai. O pecuarista já está com tudo pronto para vacinar toda a cabeça de gado.


"Quando eu era criança ainda, o que eu via na propriedade do meu pai era triste de ver. Os animais ficavam realmente parados, tristes, começavam a baixar a cabeça, começavam a babar. A fiscalização é severa e o animal tem que estar com todos os atestados, atestando que foi vacinado. As condições sanitárias dos animais."

A febre aftosa é uma das mais contagiosas doenças que atingem os bovinos, búfalos, ovinos, caprinos e suínos. Causada por vírus, o mal causa muita febre, feridas na boca e nos cascos dos animais, dificultando a movimentação e alimentação, o que leva a uma rápida perda de peso e queda na produção de leite. Além dessas consequências, o coordenador de Febre Aftosa do Ministério da Agricultura e Pecuária, Plínio Lopes, afirma que a falta de vacinação pode levar o produtor a sofrer algumas penalidades.


"Ficar suspensa a movimentação de animais, a emissão de guia de trânsito animal para a movimentação desses animais até que ele regularize a sua situação. A outra penalidade é que esse produtor pode sofrer multas, pode ser aplicado multas, com valores que variam de cada estado que são, normalmente, aplicadas de acordo com o número de cabeça de cada propriedade."


Após a vacinação dos animais, o criador deve apresentar a relação dos vacinados e a nota fiscal da vacina nos escritórios do
serviço veterinário oficial. Os serviços veterinários estaduais têm o prazo de 30 dias para encaminhar ao Ministério da Agricultura o relatório das atividades da campanha de vacinação contra a doença.


Reportagem, Victor Maciel

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